domingo, 2 de agosto de 2009

O melhor amigo do cão

Levei Thoreau para um pequeno passeio neste fim de tarde. Embora estivesse cansado e com pouco ânimo para caminhar, achei que um labrador de 2 meses de idade, um tanto quanto propenso à obesidade, precisa se exercitar para crescer de modo sadio. E lá fomos nós até o jardim da praça. Eu seguia calado, ele dava pulos de felicidade por ver coisas novas. Sua alegria terminou por me contagiar. Observando o que lhe chamava a atenção — uma árvore, um pássaro em vôo, uma bicicleta, entre outros elementos do caminho que em geral não me despertam a atenção —, esqueci o cansaço. Minutos depois, eu já estava tão feliz quanto ele por observar essas pequenas coisas da vida que vejo todos os dias. E o seguia com interesse aonde quer que ele fosse. Pensando bem, não fui eu que levei Thoreau para passear. Foi ele, com seu temperamento brincalhão, que me tratou como seu melhor amigo e me conduziu no passeio, percebendo, talvez, que eu, mais do que ele, precisava caminhar.

0 comentários: