
O poeta pós-moderno
É um demolidor.
Para começo de conversa,
Derrubou a venerável tradição
De fingir a dor que de fato sente,
Alegando que esse charme, já antigo,
Não mais lhe convém.
O poeta pós-moderno,
É um pragmático.
Quando tem uma inquietação metafísica
Ou uma luxação no joelho
Admite de cara lavada,
Compra um anti-inflamatório
E põe tudo em versos livres.
O poeta pós-moderno
É um descarado.
Tem a desfaçatez e a irreverência
De dizer, sem figuras de linguagem,
Que não precisa de padecimentos,
Sejam seus ou dos outros,
Para fazer sua poesia.
O poeta pós-moderno,
Não está nem aí para fingimentos ou verdades.
Prefere descrever pernas e cinturas.
Ou, o que é pior, faz piada metalinguística
Usando a sagrada intertextualidade
Para debochar dos que ainda contam sílabas
E nelas põem suas dores poéticas.
Imagem: Robert Doisneau
É um demolidor.
Para começo de conversa,
Derrubou a venerável tradição
De fingir a dor que de fato sente,
Alegando que esse charme, já antigo,
Não mais lhe convém.
O poeta pós-moderno,
É um pragmático.
Quando tem uma inquietação metafísica
Ou uma luxação no joelho
Admite de cara lavada,
Compra um anti-inflamatório
E põe tudo em versos livres.
O poeta pós-moderno
É um descarado.
Tem a desfaçatez e a irreverência
De dizer, sem figuras de linguagem,
Que não precisa de padecimentos,
Sejam seus ou dos outros,
Para fazer sua poesia.
O poeta pós-moderno,
Não está nem aí para fingimentos ou verdades.
Prefere descrever pernas e cinturas.
Ou, o que é pior, faz piada metalinguística
Usando a sagrada intertextualidade
Para debochar dos que ainda contam sílabas
E nelas põem suas dores poéticas.
Imagem: Robert Doisneau
2 comentários:
Por favor amigo, pense no que está fazendo na cidade. Muita gente reprovando suas ações.
De alguém que muito te preza
Postar um comentário