terça-feira, 5 de maio de 2009

Imagens que convidam a pensar: a relatividade de Escher


"Other World", de M.C. Escher (1898-1970), artista plástico holandês (xilogravura em madeira, 1947)
É difícil fixar de modo rígido os objetivos da educação. Ela deve formar profissionais, cidadãos, pessoas e tudo o mais que pode ser contido sob o adjetivo "humano". Ocorre que é tão vasto e profundo o humano, um campo em permanente expansão, que se torna impossível precisar seus limites e, em consequência, definir os objetivos do ato de educar.
É certo, porém, que nenhuma prática educativa da história foi bem sucedida sem levar em conta que se deve ensinar a ver a complexidade do mundo. O homem é tanto mais educado quanto mais capaz se mostra de distinguir as múltiplas faces da realidade. E será mais livre quando perceber que cada face pode ser vista de diferentes ângulos.
O inimigo dessa liberdade é o dogma, que não aceita o caráter sempre provisório e parcial das pretensas certezas. Assim, uma das características da boa educação é a de afrontar o dogmatismo, substituindo o conforto das verdades absolutas, que são inócuas, pela fascinante e desafiadora consciência da relatividade do conhecimento, que é sempre um ponto de vista.

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