É preciso ser um tolo completo, do tipo que espera encontrar nos livros aquilo que só está escrito nas páginas do mundo, para crer que a dor de existir surja de repetente, pronta e imperativa. Basta olhar com os olhos da alma para enxergar que ela chega aos poucos. Começa quando nos damos conta de que podemos estar ilhados num mar de gente. Passa pelos momentos em que procuramos angustiados a comunhão possível. E culmina naqueles instantes eternos em que, já despidos de ilusões, nos emocionamos com qualquer pequeno objeto ou situação que casualmente nos proporcione um encontro com a pessoa que um dia fomos. Desse ciclo emerge um ser humano novo, que, justamente por se saber único, está pronto para acolher a unicidade do próximo.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
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1 comentários:
Terei que concordar contigo, Márcio, ou o mundo seria este livro com marcadores e sinais.
Vestimo-nos de experiências e despimo-nos de ilusões.
Não sei se o teu pensar é tão desértico, quanto o estado de quem assim se constata.
beijo e bom final de semana
saudades d'ocê.
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